Morava em uma imensa casa no sítio, em Itapetininga, interior de São 
Paulo, era praticamente toda de madeira, super antiga, todos os meus 
ancestrais residiram nesta mesma casa.
Havia muitos quartos, corredores, as paredes eram super altas, as 
janelas enormes, tudo muito antigo e envelhecido
 pelo tempo.
A noite eu e meus irmãos ouvíamos barulhos, passos, gritos; mas erámos 
crianças e nada entendíamos.  O que mais me marcou, havia muitos ratos, 
por mais que minha mãe tentasse acabar com eles mais ratos apareciam, e 
eram enormes. Um dia meu pai foi até a cidade e voltou com dois padres, 
um deles pediu para que todos nós ficássemos do lado de fora da casa, e 
então nós o fizemos.  Os dois ficaram lá dentro, falando uma linguagem 
que eu não então não conhecia, ouvia gritos, barulho de  pratos e copos 
se quebrando, correntes, as janelas batiam como se ouvesse uma 
tempestade, parecia que dentro da casa estava havendo uma guerra, pensei
 que nada tivesse restado daquela pobre casa, demorou algum tempo, e os 
padres saíram, e então pudemos entrar.  Por meu espanto e dos meus 
irmãos tudo estava lá intacto, como minha mãe os deixara.  Após este dia
 não vimos mais ratos, não ouvimos mais nenhum barulho, a casa ainda 
esta lá, do mesmo jeito, alguns dos meus irmaõs ainda lá residem com 
suas famílias. As vezes fico pensando será que ocorreu alguma fatalidade
 com alguém nesta casa antes da minha existência e de minha família? 
meus avós e bisavós na época ainda moravam com nós, e nos meus 5 anos de
 idade tudo o que perguntava a eles era ignorado, o tempo passou eles 
faleceram, hoje eu acredito que eles seriam as únicas pessoas que 
poderiam esclarecer o por quê de tudo aquilo.
caraio heim zica
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