A Casa: cena do crime. O fim do mundo é o medo do Fim do mundo
MEXICO. Aconteceu em San Agustín Atlapulco, uma colônia de Nezahualcóyotl (cidade da 
região metropolitana da Cidade do México, esta, capital do país) fundada há 25 anos por imigrantes de Oxaca, Puebla e Guerrero. 
Na casa, situada em 
uma rua do bairro Graciano Sanchez, desde de segunda-feira (21/05/2012),
 um grupo de dez pessoas, incluindo quatro crianças, faziam jejum e 
"rezavam" esperando pelo fim do mundo.
Acreditavam na suposta iminência de um terremoto desvastador, previsto 
para o dia 28 
(deste mês) às 13 horas. Um terremoto capaz de exterminar a vida na 
Terra. Pretensas autoridades relifgiosas dirigiam o culto. Um culto 
satânico.
As velas estavam acesas. Entre as instruções determinou-se que todos 
orassem com os olhos fechados. Mas o garoto Fernand cansou de permanecer
 de olhos de fechados. Abriu-os e, ao que tudo indica, não foi o único. 
Sua mãe, identificada como Carmen, 23 anos, flagrou a desobediência (portanto, estava de olhos abertos) e ordenou  severamente: Feche os olhos! O menino recusou: Não quero fechar. Então ela determinou que os olhos da criança fossem arrancados.
E foram. Auxiliada por uma de suas irmãs, essa mãe arrancou os olhos do 
filho com as próprias mãos. Um dolescente de 17 anos (identificado como 
Maciel), tio de Ferdinand e sua namorada, Ruth, horrorizados com o que 
estava acontecendo correram para fora da casa gritando: Eles estão matando meu sobrinho! Estão arrancando seus olhos!
Os vizinhos ouviram os gritos. Um homem chamou uma patrulha. Algumas 
pessoas lançaram-se dentro da residência para socorrer o menino. 
Encontraram-no nos braços da mãe, histérica, ensanguentado e 
desacordado. 
No interior da casa, não havia imagens religiosas. Na frente da 
residência, porém, pendurado sobre o portão, tem uma guirlanda em forma 
de pentagrama, símbolo que os ignorantes associam à magia pagã.
O promotor de Justiça, Jesus Acevedo Isaac Romano, que instaurou 
inquérito, confirmou a presença das 10 pessoas e identificou as crianças
 - que tinham entre 9 meses, 8, 5 e 17 anos de idade. A mãe, Carmen e a 
tia de Ferdinand, Lizbeth, foram indiciadas juntamente com outros 
integrantes do grupo.
Ao ser abordada, na delegacia, Carmen estava calma. Não perguntou pelo 
filho e não demonstrou nenhum remorso. Os vizinhos, perplexos, disseram 
que as pessoas daquela família pareciam ser normais.
Isaac Romano informou, ainda, que apurações preliminares constataram que
 a família pertencia a um culto e, sobre a razão da mutilação da 
criança, os fanáticos alegaram que era necessária para ...evitar o fim do mundo.
 Somente quatro dos oito presos foram levados a prestar depoimento. Os 
restantes estavam em estado psicótico, sendo submetidos a avalição 
psiquiátrica e psicológica. 

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